quarta-feira, 28 de julho de 2010

Esteatose Hepática: Entenda como ela pode prejudicar seu fígado


Recheadas de gordura (triglicérides), as células do fígado ainda trabalham, mas já não são tão eficientes quanto antes, além de ficarem mais sucetíveis a danos. O estoque de gordura por sua vez, estimula a formação de radicais livres, moléculas capazes de lesar as células do fígado.








O acúmulo gorduroso também faz as defesas recrutarem substâncias que instauram um processo inflamatório no local. Quando recorrentes, essas inflamações enfraquecem as células do fígado, que, diante de sucessivas agreções, se degeneram- é o que chamamos de esteato-hepatite.







Por um bom tempo, o fígado consegue substituir as suas células mortas. A partir de um momento, porém, ele não dá mais conta desse reparo e passa a tecer fibras para preencher o espaço vago(cicatrização). A medida que esse tecido, mais parecido com uma cicatriz, se espalha, o orgão perde as suas funções. É assim que vem a cirrose.

Palavras: nutricionista, dieta, esteatose hepática, fígado gorduroso, cirrose.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Hipotireoidismo











Uma queda brusca nas reservas de energia, um cansaço implacável, o intestino que resolve travar, inchaços nas pernas e sem falar nos ponteiros da balança que custam a baixar. Estes podem ser os sinais de que a tireoide está funcionando em marcha lenta. A pequena glândula endócrina, em formato de borboleta e localizada na parte anterior do pescoço, no famoso gogó, é responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que regulam o metabolismo.

"A tireoide produz principalmente o T4 que será transformado dentro das células em T3, o hormônio ativo. O T3 se ligará a receptores no núcleo das células e incitará o funcionamento das mesmas. O T3 age em praticamente todos os órgãos, estimulando várias funções. Por exemplo, no coração, controla os batimentos cardíacos; no intestino, monitora o peristaltismo e a frequência de evacuações; e no cérebro, interfere na memória, no humor e em outras funções cognitivas", explica a endocrinologista Gisah Amaral de Carvalho, membro do departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

E quando a tireoide desacelera - problema conhecido como hipotireoidismo - todo o corpo fica preguiçoso. Com a diminuição no metabolismo geral, há uma verdadeira pane e, ainda, a tendência a engordar, que pode chegar a 10% do peso corporal. Mas, atenção! Segundo o endocrinologista Filippo Pedrinola, apesar do problema poder sim aumentar a silhueta, raramente a deficiência da tireoide leva à obesidade. O tratamento é feito por meio da reposição hormonal com levotiroxina, que deve ser ingerida diariamente em jejum.
O principal nutriente para o bom funcionamento da tireoide é o iodo. A glândula utiliza este mineral - que pode ser ingerido na dieta - para a produção dos hormônios. "Uma dieta adequada fornece cerca de 150 microgramas (mcg) de iodo por dia, quantidade suficiente para uma adequada fabricação de T3 e T4", explica Gisah Amaral de Carvalho. Mas, ela alerta para o exagero. "Medicamentos, vitaminas ou alimentos com grande quantidade do mineral podem fornecer uma dose exagerada, o que pode atrapalhar o funcionamento da glândula." Vale lembrar, que com uma estratégia para suprir a necessidade de iodo pelas populações, diversos países, até mesmo o Brasil, adotam a iodação do sal para consumo. "Embora não se deva consumir sal em excesso, porque pode trazer prejuízos à saúde, o seu consumo moderado e diário é essencial para que a necessidade do mineral seja suprida", explica a nutróloga Regina Mestre, do RJ.



Doença Inflamatória Intestinal

O termo Doença Inflamatória Intestinal, ou DII, refere-se a condições crônicas que apresentam inflamação do revestimento e da parede do intestino, como resultado de uma lesão. É representado principalmente pela Doença de Crohn e pela Retocolite Ulcerativa. Estas são doenças muito semelhantes entre si e por isso, algumas vezes, difíceis de serem diferenciadas. Ambas causam inflamação que tornam o intestino vermelho, inchado e muitas vezes com úlceras, que são feridas abertas no revestimento do intestino. Todas essas alterações podem causar sintomas de dor abdominal, cólica e diarréia principalmente e até sangramento. Quando a inflamação é muito grave, toda a parede do intestino incha, as úlceras podem então penetrar profundamente na parede lesada e causar perfurações. São doenças crônicas, que não têm cura, mas com tratamento médico e acompanhamento adequado podem ser mantidas sob controle.

A principal diferença entre a duas doenças é a localização da inflamação: a Doença de Crohn pode afetar qualquer parte do tubo digestivo, da boca ao ânus. Já a Retocolite Ulcerativa só acomete o intestino grosso, ou cólon.

Em ambas os pacientes alternam períodos em que não apresentam sintomas com períodos muito sintomáticos ou de crise. O tempo decorrido entre uma crise e outra depende de cada caso mas pode chegar a vários meses.

Ignora(m)-se a(s) causas dessas doenças, mas existem fatores genéticos, alterações da resposta do sistema imune e fatores ambientais envolvidos. Agentes infecciosos como bactérias, vírus, parasitas, não são reconhecidos como fatores causais. Fatores emocionais, estresse, não são causa, mas aparecem exacerbando a doença. Alimentos podem precipitar sintomas, porém não se pode atribuir a eles qualquer outra participação. É preciso ter um bom acompanhamento médico e nutricional para melhorar a qualidade de vida dos portadores dessa doença.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Consumo de sal x hipertensão arterial x doença cardiovascular

A pressão alta é o maior fator de risco para a doença arterial coronariana (infarto agudo do miocardio) e cerebrovascular, tanto nas formas isquêmicas quanto hemorrágicas (derrame). Os níveis limítrofes de pressão arterial para adultos situam-se entre 130-139mm de Hg (sistólica) e 85-89mm de Hg (diastólica). No Brasil, a pressão alta acomete de 22 - 44% da população e cresce com a idade, a ponto de 3/4 das pessoas com 70 anos serem hipertensas. Dos muitos fatores de risco associados com a pressão alta, aquele que tem sido mais investigado é o consumo diário de sódio na dieta. 
A figura a baixo mostra a relação entre a ingestão diária de sódio (6-12g de sal/dia), alteração da pressão arterial, doença cardiovascular e risco de morte.
O conhecido estudo denominado DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) ou "caminho" dietético para parar a hipertensão submeteu os participantes a uma dienta contendo 3,5 g de sal/dia e comparou com o grupo controle que consumia >6g de sal/dia. Essa diferença no consumo de sal representou uma queda na pressão sistólica da ordem de 7mm de Hg, o que pode representar um impacto de -14% de risco de acidente cardiovascular cerebral e -9% de risco de doença arterial coronariana. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem recomendado a ingesta de <2.000mg ou 2g de sódio/dia (<5g de sal/dia) para a prevenção de enfermidades crônicas como a pressão alta.