quarta-feira, 14 de julho de 2010

Esteatose Hepática: Entenda como ela se forma


Pessoas com gordura abdominal além da conta desenvolvem resistência à insulina- ou seja, o hormônio falha na hora de botar a glicose para dentro das células (hepatócitos). Daí, após as refeições, partículas de açúcar são mal aproveitadas pelo corpo. No fígado, esse excedentes vira matéria prima para mais gordura.









É ali que são montadas as moléculas de triglicérides, uma das formas de gordura mais comun no organismo. Normalmente a própria glândula(fígado) faz questão de despachá-las. Uma parcela delas é queimada lá mesmo e a outra é liberada para a circulação por meio de uma proteína, a VLDL.








O problema, porém, recai mais uma vez sobre a resistência à insulina. Para driblar o distúrbio e abastecer os tecidos de glicose, o organismo passa a fabricar mais e mais dessa substância. Só que, justamente no fígado, essa sobrecarga bloqueia os mecanismos de queima e transporte dos triglicérides.








Se você notou, foram interrompidas as duas vias de eliminação dos triglicérides. Sem saída, eles começam a se depositar no interior das células do fígado, os hepatócitos. Quando mais de 5 ou 10% deles se encontram abarrotados, é esteatose hepática.




Palavras: esteatose hepática, fígado gorduroso, cirrose.

Tipo de Obesidade x Esteatose Hepática



É assim que costumamos distinguir o formato do corpo de quem vive em conflito com o ponteiro da balança. São comparadas a maçãs as pessoas quem tem centímetros à mais na região do ventre. Já as que lembram peras, concentram a gordura extra na região dos glúteos e nas pernas. Ambas, dependendo do peso, podem desenvolver esteatose hepática. Mas é a turma da maçã que de fato corre mais risco.



Palavras: obesidade, esteatose hepática, fígado gorduroso, cirrose.

Leite: muito além do cálcio


No último grande evento de alimentação que aconteceu em São Paulo, o III Congresso Brasileiro de Nutrição e o Ganepão 2009, o leite protagonizou uma das discussões mais relevantes.

A nutricionista Silvia Cozzolino, professora da USP, elencou algumas das preciosidades do líquido branco que muita gente nem desconfia. Por essas e outras, ele, sem dúvida alguma, merece um brinde e não pode ficar fora do seu cardápio.

Proteína da boa
“O leite oferece proteína de altíssima qualidade, que é muito bem aproveitada no nosso organismo”, ressalta Silvia. Esse nutriente é fundamental para a construção de tecidos e, por isso, colabora para a beleza dos cabelos, das unhas e da pele. Sem falar que ajuda a preservar os músculos.

Estudos recentes mostram ainda uma ligação entre os aminoácidos do leite, ou seja, suas partículas proteicas, e a redução da pressão arterial.

Mix vitaminado
A festejada vitamina A, que protege os olhos, também faz parte da composição dessa bebida. Lá estão também as vitaminas B2, fundamental para a produção de energia, e B12, que atua no combate à anemia e ajuda a melhorar a concentração.

Tem mais: a vitamina D, fundamental para a saúde óssea e que todo mundo associa tanto ao sol, é outra que dá as caras no leite. Mais um ponto para ele, uma rara fonte (quando se fala em alimento) dessa substância.

Minerais ao montes
Para enriquecer a lista de superpoderes do suco leitoso, a professora Sílvia mencionou nutrientes menos conhecidos, como o zinco e o selênio. O primeiro fortalece o sistema imunológico e favorece a cicatrização. Já o selênio tem ação antioxidante, isto é, contribui para a integridade celular.

E, claro, não dá para falar dessa bebida sem mencionar o cálcio. “A absorção do mineral por meio dela é muito boa. Pois ainda que muitos vegetais, como é o caso dos brócolis, contenham grandes quantidades do nutriente, nem sempre ele é tão bem aproveitado no nosso organismo”, salientou a nutricionista.

Aproveite tudo!
Para não desperdiçar nadica dessa riqueza, a sugestão de Sílvia é distribuir o consumo do leite ao longo do dia. “Estudos mostram que a absorção dos nutrientes da bebida e seus derivados é melhor em pequenas porções.”

No caso específico do cálcio, uma boa orientação é evitar o consumo excessivo de café e chá preto, que, por causa da cafeína, costumam atrapalhar um pouco o desempenho do mineral. Mas, veja bem, não é preciso banir nenhum dos dois do cardápio. Basta não exagerar.

Palavras chaves: leite, benefícios do leite.

Livro: Fígado Gorduroso - uma abordagem pedagógica

O Livro Fígado Gorduroso- uma abordagem pedagógica é uma junção de alguns textos, cada um escrito por um profissional da área  de endocrinologia, hepatologia, nutrição e edução física, organizado por Marcos Vinhal Campos. Ele surgiu após um artigo escrito pela Revista Vigor sobre esteatose hepática. Tal artigo teve tanta repercussão, que veio a idéia de publicar esse livro.  O organizador comenta que é um livro informativo – útil a profissionais e acadêmicos – mas também escrito com uma linguagem capaz de ser lida e compreendida pelo público leigo. Confeço que achei um pouco repetitivo, para nós profissionais da saúde, mas realmente super útil para o público leigo.   Ele não explica muito a fundo sobre  tratamento, mas  facilita a compreensão sobre essa patologia tão complexa que é a Esteatose Hepática.Tá aí a dica!