
sábado, 10 de janeiro de 2009
Neurotransmissores de pessoas com Compulsão Alimentar são semelhantse aos de viciados em drogas
Estudo recente publicado na Nature Neuroscience mostrou pela primeira vez que os mecanismos moleculares envolvidos nos vícios relacionados às drogas são os mesmos por trás da compulsão alimentar. A pesquisa mostra claramente como, em ratos, a compulsão e o desenvolvimento da obesidade coincide com a deterioração do equilíbrio químico no cérebro. Quando os centros do prazer respondem menos, os ratos desenvolvem hábitos compulsivos, principalmente quanto a alimentos ricos em calorias e gorduras. As mesmas alterações químicas são observadas em animais que consomem drogas como cocaína e heroína. De acordo com um dos autores do estudo, Dr. Paul J. Kenny, o trabalho levou quase 3 anos para ser concluído, e confirma o poder viciante dos "junk foods", alimentos com baixo teor nutricional. No estudo, os animais continuavam a comer compulsivamente mesmo quando percebiam que iriam levar choques elétricos. E mais, dentre os alimentos oferecidos, os animais sempre consumiam os que mais contribuem com o ganho de peso como salsichas, bacon e bolos. Quando os alimentos foram retirados e substituídos por opções saudáveis, eles simplesmente recusavam-se a comer, o que continuou por duas semanas. De acordo com o pesquisador, comportamentos compulsivos ou vícios estão relacionados a mecanismos cerebrais de recomensa. Quando estes são hiperestimulados algum problema se desenvolverá. Na pesquisa, os animais não paravam de comer ou entrariam em um estado depressivo. O foco da pesquisa foi o receptor D2 para dopamina. A dopamina é um neurotransmissor liberado no cérebro em resposta a experiências prazerosas como o consumo de alimento, cocaína, álcool ou mesmo atividade física ou sexual. O consumo de cocaína, por exemplo, altera o fluxo de dopamina ao bloquear sua secreção normal. No caso, este hormônio importante para o bem estar só será secretado com o consumo da droga, em doses cada vez maiores. O mesmo acontece com as comidas altamente prazerosas, ricas em gordura e açúcar. Na pesquisa o problema de compulsão nos aminais foi desenvolvido nos ratos após a contaminação por um vírus que danifica o receptor de dopamina. No dia seguinte à infecção por vírus o acesso aos alimentos altamente palatáveis já os fez tão compulsivos quanto animais que já tinham acesso a estes alimentos a várias semanas. De qualquer forma, a mensagem é de que não devemos nos expor demais a alimentos ruins ou o vício aparecerá. Há, e nem deixe seus filhos exporem-se demais a estes alimentos.
Referência: Paul M Johnson, Paul J Kenny. Dopamine D2 receptors in addiction-like reward dysfunction and compulsive eating in obese rats. Nature Neuroscience, 2010.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Meninas bem instruídas têm risco maior de transtorno alimentar

Estudo acompanhou mais de 13 mil mulheres entre 1952 e 1989.Elas sentem pressão familiar para ser bem-sucedidas, conclui pesquisa.
Garotas de famílias de alto nível de instrução e que apresentam bom aproveitamento escolar parecem correr risco maior de sofrer de transtornos alimentares, possivelmente por sofrer mais pressões para ter sucesso na vida, revelaram pesquisadores suecos.
Um estudo que acompanhou mais de 13 mil mulheres nascidas na Suécia entre 1952 e 1989 constatou que, quanto mais alto o nível de instrução de seus pais ou de suas avós, maior o risco de as garotas
Um estudo que acompanhou mais de 13 mil mulheres nascidas na Suécia entre 1952 e 1989 constatou que, quanto mais alto o nível de instrução de seus pais ou de suas avós, maior o risco de as garotas
O risco subia paralelamente às notas das meninas na escola de segundo grau, reportaram pesquisadores do Instituto Karolinska, de Estocolmo, no "American Journal of Epidemiology".
"É possível que essas meninas sintam mais pressão familiar para terem sucesso --o que, para algumas, pode traduzir-se numa obsessão por controlar sua ingestão de alimentos e seu peso", disseram os pesquisadores em comunicado.
Eles acrescentaram que as meninas com aproveitamento escolar maior também tendem a apresentar determinados traços de personalidade, como o perfeccionismo, que as tornam relativamente mais vulneráveis às desordens alimentares.
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